Pão caseiro COM glúten

Cá estou eu novamente com receita de pão. Porque sim, eu amo pão, e é preferência de 10 em 10 pacientes hehehe..
Mas dessa vez uma surpresinha. Esse pão é com glúten. Mas é um glúten diferente. Eu utilizei uma farinha importada, pois infelizmente a do nosso país não é a melhor opção, como já venho falando a muito tempo. Não só pela qualidade da matéria prima, mas pelos "extras" que recebemos no pacote de farinha de trigo comprada. Extras esses que ninguém consumiria em sã consciência, tenho absoluta certeza. Mas, enfim, essa farinha que eu utilizei é Italiana e é produzida por um trigo diferente, não com glúten adicionado, como as nossas farinhas, muito menos com esses "amiguinhos extras" que falei. 

Claro que não é indicado para consumo de celíacos, mas sensíveis ao glúten - como eu, em geral, conseguem tolerar melhor esse tipo de farinha. Mas continuo pedindo: apesar da melhor qualidade do produto, ainda vale o equilíbrio. Como em tudo...

Eu testei essa farinha em duas receitas: no pão que vou postar a receita pra vocês - que ficou maravilhoso demais, diga-se de passagem, e em uma bolo. O bolo já não deu muito certo, não sei se pela minha falta de experiência na utilização da farinha, ou se realmente não é indicado o uso em preparações doces. Mas quem experimentou disse que o bolo tinha gosto de massa de pizza, então melhor comer pizza de vez né hehehe..

Inclusive, pizza será meu próximo teste com ela.

E para dar meu parecer sobre os dias após o consumo desta farinha com glúten, eu digo: me senti ótimo. Não tive dores, nenhuma intercorrência intestinal, sem distensão abdominal, sem inchaço, nada. E eu comi dois dias seguidos: o pão e o bolo. 
Em mim os sintomas - ruins - aparecem dias após do consumo. Se exagero na ingestão de preparações com farinhas com glúten em uns 2 ou 3 dias estarei sentindo os sintomas, dor de estômago, dor de intestino, cólicas, distensão abdominal, mudanças nos hábitos intestinais e muito inchaço. 
E hoje, depois de vários procedimentos, intervenções, suplementação, mudança de hábitos e acompanhamento que fiz e faço comigo mesma, eu consigo tolerar uma certa quantidade de glúten. Já me conheço bem e sei exatamente quando, onde, o que e quanto que eu posso consumir, sem apresentar os sintomas. 
Então caso você se identifique com os meus sintomas, procure um profissional habilitado para lhe auxiliar, claro que puxo pro meu lado e acredito que uma nutricionista funcional saberá lhe orientar muito bem e amenizar vários dos sintomas, como fiz comigo mesma.

Chega de blábláblá, vamos a receita minha geeentxi!!
Ahhh, essa preparação quem fez foi mami e com receita da minha vó. E claaaro que, como toda boa receita de vó, as quantidades são no olhômetro, mas eu fiquei junto com a minha mãe tentando chegar o mais próximo possível da quantidade certa hahahaha.. mas vai na fé, que dá certo.
Ingredientes
Aproximadamente 500g de farinha de sêmola grano duro
1 col de sopa de banha de porco (orgânica, claro)
10g de fermento biológico
1 xícara de água
2 batatas inglesa média cozida e amassada
1 pitada de sal
1 col de sopa de açúcar demerara
Modo de fazer: Misture os ingredientes secos, inclusive o fermento biológico e a batata cozida e amassada. Adicione a banha de porco - ou outra gordura que preferir - e vá adicionando aos poucos a água. Misture bem a massa e a deixe descansando por 10-20 minutos em um local mais quentinho. Assim que crescer coloque em uma forma de pão untada - usamos a banha de porco novamente - e asse em forno preaquecido a 200-250C por, aproximadamente, 30 minutos. 


Ahhh.. e essa foi a farinha que utilizei. Encontrei no Angeloni.

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Como falei, minha mãe aprendeu a fazer pão com a minha avó e eu estava aqui escrevendo o post e lembrando das vezes em que eu via a vó fazendo o pão e utilizando a banha de porco na preparação e para untar a forma. E lembro muuuito bem que eu tinha um certo "nojo" e reclamava por ela estar utilizando banha de porco. E ouvia ela pacientemente me respondendo que "isso sim é comida, isso sim que é bom" e hoje tenho que admitir que ela sim que estava correta e eu, errada e abusada, de questioná-la.
Que bom que os tempos mudam, e que pena que ela não está mais aqui para eu poder lhe falar isso pessoalmente. Masss... seguimos em frente.

E digo mais, melhor que o gosto/sabor do pão é o cheirinho de pão quente saindo do forno que fica na casa inteira. Aiii que saudade.

Beijos e vivam a vida!!!

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